quarta-feira, 22 de junho de 2011

Zé Nei



Num bairro cercado por morros, inclusive com um belo mirante num destes, está o Zé Nei.
Na praça do bairro Eldorado você notará algumas mesas, com gente bem à vontade, conversando animadamente e tomando sua cerveja gelada. No bar, relativamente pequeno, há algumas mesas pra quem não quer ficar ao ar livre.
Nas mesas alguns “potes” recheados de torresmo.
E este é o tira gosto que leva tanta gente pra lá.
Preparado já em pedaços pequenos e não em tiras, como é costume nos outros bares, ele chega quente à mesa dentro de potes de cerâmica. Você notará que eles são um pouco mais escuros, puxados para o marrom. Talvez pela forma de preparo e por serem bem carnudos.
Sua textura difere dos demais em razão de estarem crocantes por fora e tenros por dentro. Veja bem: a pele estará torrada e pururucada, mas a carne é macia.
Ele torna-se “mastigável”, não com àquela característica de extrema crocância. Desta forma o tempero e o sabor são mais sentidos durante o deguste desta iguaria.
É diferente dos demais e por isso é tão bom.
A cerveja que acompanha a porção está na temperatura ideal. Por lá há Brahma Extra, como na foto, e as demais cervejas da Ambev.
No cardápio há acompanhamentos pro torresmo, como mandioca e fritas, além de lingüiça e outros pratos típicos de MG. Lá também figuram os caldos.
Pra arrematar, tomamos uma cachaça Vale do Piranga, da Fazenda Boa Vista, bem amadeirada.
Sugiro aos que queiram visitar o buteco se limitar à meia porção do torresmo. O pote pode parecer pequeno, mas vem boa quantidade e, pelo tipo do torresmo, mais forte no sabor, será mais do que suficiente.
O bar funciona o dia todo (abre à 09h30) e achei engraçado que ele fecha de 13h30 à 15h30 e também não abre aos domingos. Sexta e sábado fecha à 01h30. Um quadro de bom tamanho na parede lembra isso aos clientes.
Num dia frio de inverno, é um lugar bacana pra curtir o dia claro, de céu azul e aproveitar o calor do sol naquela praça. No verão se torna um lugar bacana pra enxugar várias ampolas de cerveja.
Como disse, fica n praça do Bairro Eldorado, no bairro de mesmo nome. Aproveite.

Cachaça Araci



Li, recentemente, uma entrevista de um dito entendedor de cachaças, chamado Marcelo Câmara, que saiu em defesa das cachaças brancas, notadamente as de sua região, em Paraty/RJ (ele é de Angra dos Reis). O cara detona as cachaças mineiras. Pra que vocês saibam o que ele pensa, vai aqui uma pequena frase da entrevista:
"Minas não fabrica cachaça, mas cachaça envelhecida, ou melhor, geralmente envelhece mal pingas ruins. Mas há algumas, poucas, cachaças e cachaças envelhecidas mineiras, de qualidade superior. "
Bem, o que posso desejar para este cidadão é que seu fígado seja tomado por uma cirrose irreversível, ou que escorregue numa pedra em Paraty, bata a cabeça e caia no mar desacordado. À noite, de preferência.
De qualquer forma, e motivado por ter um grande amigo e VERDADEIRO entendedor de cachaças e que opta sempre pela branquinha (Enio Amaral), em minhas últimas visitas no Bar do Abílio pedi por cachaça branca e me foi oferecida a Araci.
Produzida em São João Nepomuceno há mais de 80 anos, possui uma linha de cachaça fresca, da destilação do ano e ainda cachaças envelhecidas, as amarelas. Já havia visto o rótulo desta cachaça em alguns bares, mas sempre titubiei em experimentar.
Acontece que a cachaça é muito boa! Suave no paladar, desce redondo e não queima. Acompanha muito bem os tira gostos e dá vontade de tomar mais doses.
E, nessas andanças pelos butecos, na companhia do meu irmão José Antonio, passamos pelo Futrica e nos deparamos com a Araci Safra 98: a mesma cachaça, envelhecida. Um néctar, pra dizer a verdade. Se a branca já é ótima, imaginem esta cachaça repousada em tonéis de madeira?
Pois é, esse tal de Marcelo Câmara não sabe de nada mesmo.
Para quem interessar, o Futrica vende a dose por R$4,00 e a garrafa por R$40,00

terça-feira, 21 de junho de 2011

Paraíso do Morro da Glória



Numa quinta feira destas, com aquele vento frio da noite, fui direto pro Bar do Abud, na Oswaldo Aranha, esperando encontrar aquele maravilhoso pernil, que desce muito bem com a cerveja gelada que ele serve por lá.
Mas me decepcionei por que não rolou pernil nesta quinta.
Voltando, cabisbaixo, olho pro Bigode e vejo que, pro horário e dia, o bar estava vazio, coisa rara de acontecer. O frio estava “de lascar”.
Meio sem saber pra onde ir, sigo para o tradicional Bar Dias, em Santa Terezinha. Mas, no caminho, lembro-me de um buteco que o amigo Erick Alves me apresentou certa vez.
Na rua em frente à Igreja da Glória, ao lado do Bar da Loira, há o “Paraíso do Morro da Glória”. O nome é bacana demais. O buteco, idem.
Antes, o bar pertencia ao simpático Airton, meu xará. Ele largou o negócio e passou para a Soninha, sua ex-funcionária e hoje proprietária do buteco.
É um local amplo e com pé direito alto, o que deixa o ambiente arejado. Suas paredes estão repletas de fotos de clientes da casa. Há ainda alguns cartazes de propaganda de cerveja e outros indicando as porções ali servidas.
Os freezers estão ao fundo. Na lateral direita segue um balcão, no qual é possível se escorar e beber uma cerveja do lado de fora, na rua. No mais, mesas de madeira da Bohemia e algumas amarelas da Skol enchem o salão do bar.
A cozinha está logo no final do balcão, mas de lá não saem muitas porções: segundo a Soninha, o pessoal prefere mesmo os tira gostos que estão enfeitando a estufa, muito variada e bem apresentável. Sabe das coisas esta Soninha!
São oito travessas cheias de iguarias de buteco, todas bem montadas e de dar água na boca: torresmo, dos grandes; espetinho de frango; jiló cozido com polenta ao molho de tomate; língua recheada; músculo cozido; moela de frango e grandes batatas cozidas no molho de carne. É daquelas vitrines que a gente fica olhando e não sabe por onde começar...
Pedi a língua recheada e duas batatas cozidas pra acompanhar, tudo foi regado ao molho onde a batata estava mergulhada. O tempero e o sabor estavam impecáveis. A cerveja Brahma completou o pedido e acompanhou muito bem.
Como sou fã do jiló, pedi logo um segundo prato, com jiló cozido e mais batatas (estavam boas demais, não resisti).
Jilós graúdos, cozidos sem desmanchar. Al dente, diria um gourmet. O molho de carne cobria as batatas e os jilós. Maravilha!
Gostou? Visite e aproveite o buteco: Rua Padre Matias, quase esquina com a Andradas.
Funciona das 11h (abre pra almoço) até o último cliente, serve cerveja de litro, pra quem vai com turma grande, e sempre enche nas quartas, por conta da transmissão de jogos por lá.
(Ah. Pra terminar a quinta feira fui ao Bar Dias e fui surpreendido com um delicioso bolinho de espinafre, recheado com queijo e salsicha, do tamanho de um punho fechado. Cortado em pedaços, acompanhou muito bem a última Brahma da noite. Coisas de buteco...)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Butecos da Avenida Rio Branco – Etapa 2: Largo do Riachuelo



Seguindo a Rio Branco, após o Mergulhão, chega-se a um dos locais mais antigos de Juiz de Fora (e repleto de butecos!)
O Largo do Riachuelo! Nascido a partir da chegada à cidade da Cia União Indústria, em meados dos anos 50, foi chamado, inclusive, Praça da União. Hoje, este pedaço da Avenida do Andradas que corre paralelo a Rio Branco está repleto de comércio. E pra lá iremos nós, em breve, visitar seus butecos, aproveitando o início da Andradas e seguindo até a Floriano Peixoto.
Na seqüência, muito provavelmente, teremos que fazer um “atalho” pra manter a rotina do Blog.
Explico: Na Rio Branco, entre a Floriano Peixoto e a longínqua Oswaldo Aranha simplesmente não existem butecos. Desta forma, ponderamos que será mais interessante percorrer a Getúlio Vargas até seu final e subir a Independência retornando para a Rio Branco, seguindo nossa árdua tarefa de visitar os butecos e trazendo bastante assunto para vocês, nobres leitores. Mas isso é conversa pra Terceira Etapa. Por enquanto, vamos ao Largo!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Um ídolo na terra da Rainha



Homem visitou 45 mil pubs britânicos e consumiu 25 mil litros de cerveja
Um tipo de tour que até estudantes jovens talvez hesitariam em fazer, vem sendo realizado por um senhor de 66 anos. Bruce Masters planeja entrar para o Livro dos Recordes com uma jornada que começou em 1960: visitar o maior número de pubs britânicos.

Em 51 anos, ele percorreu milhões de quilômetros - tudo de trem - e consumiu cerca de 25 mil litros de cerveja. Fã da bebida, mantém um banco de dados em seu computador sobre os lugares visitados, incluindo aqueles que ficam na saída de aeroportos e nas estações de trem.

Sua última parada foi no pub "Hole In The Wall", que fica em Portsmouth, o bar de número 45 mil que visitou. Última até agora, pois ele não pretende finalizar sua odisseia etílica tão cedo.

"Há ainda um grande número de pubs que não fui. Acredito que, se tiver que fazer algo valer a pena, tem que fazê-lo corretamente", afirmou Masters ao site "Metro.co.uk".

Apesar de ter ido aos quatro cantos do Reino Unido, seus dois pubs favoritos estão na cidade de Flitwick, em Bedfordshire, que é sua cidade natal: o "Bumble Bee" e "The Swan".

Masters admite que sua mulher, Violet, não é grande fã de seu recorde. "O que importa é que ela não me impede de fazer isso. Simplesmente prefere ficar em casa", finaliza.
FONTE: UOL NOTÍCIAS - TABLÓIDE (14/06/2011)
Link Original: http://noticias.uol.com.br/tabloide/tabloideanas/2011/06/14/homem-de-66-anos-visitou-45-mil-pubs-britanicos-e-quer-entrar-para-o-livro-dos-recordes.jhtm

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Valeu, Bello!


Obrigado por ter trazido, durante tantos anos, o humor logo nas primeiras horas do dia, sempre que abríamos o Tribuna de Minas!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vista Serrana



Quer comer uma deliciosa costela e tomar uma cerveja gelada na Zona Sul sem “quebrar a firma”?
Suba a Dom Viçoso e despreze os caríssimos bares do Alto dos Passos. No final da Dom Viçoso, vire à direita e siga adiante (não titubeie e não olhe pra trás, senão você vai virar uma estátua de sal) Entre na segunda rua à direita: Onofre Mendes.
Próximo à esquina está a melhor costela da Zona Sul, o Restaurante e Pizzaria Vista Serrana, ou simplesmente “Zé Costela”.
Um bar que parece ter surgido na varanda de uma casa simples estende suas mesas pela calçada, coberta por um toldo pra proteção nos dias de sol.
Mesas de plástico dão o tom de buteco ao lugar. Sem frescuras, bom dizer.
Já dentro do bar, num salão aberto, separado da rua por uma grade, sentimos o aconchego de estarmos protegidos naquela noite friorenta e com muita ventania.
Pra começar, o serviço do lugar é muito bacana. Rapidamente fomos atendidos pelo gentil garçom. Já pedimos a costela, cerveja e vinho.
O vinho veio num belo copo, tipo caldereta, sem aquela miséria de tacinhas servidas nos bares por aí.
A cerveja, meus amigos, estava ESTUPIDAMENTE gelada, com o amado e querido “véu de noiva”, ou “mofada”, como digo. E o freezer havia sido desligado às 18 horas! (já eram umas 23h quando chegamos lá).
Não demora muito e chega a costela na pedra.
Meus caros, se você está acostumado com aquela porção do Gaúcho de São Pedro, esqueça. Aqui, pra começar, a pedra é BEM maior do que a que servem no Gaúcho, e a costela não vem empilhada sobre um monte de cebola, pra dar volume, como lá. Na porção do Vista Serrana, vem MUITA costela mesmo, e a cebola acompanha, é claro, mas por cima, como complemento somente.
E para acompanhar chegam, em quantidade generosa: arroz, vinagrete, batatas fritas, farofa e pão de alho.
Tudo MUITO gostoso e caprichado.
Estávamos em duas mesas e quase não coube tudo que nos foi servido sobre elas.
Comemos até nos fartar.
Bebemos mais algumas cervejas e, devido ao frio da recém chegada madrugada, decidimos ir embora. Felizes da vida, não por acaso.
Vou “ser obrigado” a voltar, num dia de manhã, pra verificar se a “Vista Serrana” existe, de fato. Como o bar é no Mundo Novo, certamente deve ter um bom visual pra contemplar enquanto tomamos uma cerveja gelada pra “refrescar” a garganta.

Miraí, pintando por aí!


Num muro do Manoel Honório, o Bibendum da Michelin parece mais com um personagem do Mundo Bizarro ou mesmo uma versão dele para a segunda temporada de Walking Dead. Confira:

sábado, 4 de junho de 2011

Skinão e a lembrança de um sábado de carnaval.



Sexta Feira. Enquanto espero calmamente pelo horário de buscar uma peça de roupa na costureira da Michelle, vago pela Getúlio Vargas para passar o tempo. Eram 18h30 e os butecos estavam abarrotados. Dou uma olhada no Três Irmãos, que fica em frente ao Mister Shopping e penso que lá é o tal bar que mais vende cerveja em Juiz de Fora. Sigo e entro na Floriano. Dou uma conferida no Chico Cara Feia. Lá há um balcão com tamboretes, o que me agrada pra uma cerveja rápida, mas também estava lotado.
Desço um pouco mais a Floriano e lembro-me do Skinão. Num destes carnavais, num sábado pela manhã, passei por lá e descobri que o lugar era o ponto de encontro de um bloco de carnaval, denominado “Pintinho de Ouro”. Naquele dia, o bar estava lotado, mas o atendimento era bom e a estufa estava repleta de tira gosto de buteco, inclusive um pernil de fazer babar...
Como o bar é amplo, bem arejado e tem uma calçada larga com mesas nos dois sentidos da esquina, estava mais tranqüilo e pareceu o lugar ideal pra tomar uma cerveja e “render o tempo”.
Em frente ao bar há um depósito de reciclagem, e penso que o pessoal vende suas latas e papelão e passa por ali pra “tomar uma” e “esquentar o peito”, depois de um dia de árduo serviço. É realmente o que acontece por lá.
Entrando no bar sinto que paira no ar o cheiro forte de cachaça. Acomodo-me no balcão, que não tem bancos, e peço minha cerveja. Noto que a estufa está um tanto vazia, se comparada à minha visita anterior. O bar está um tanto descuidado, desorganizado até.
Descubro, pouco mais tarde, que o dono está no comando há pouco mais de sete meses.
Na estufa, em bandejas, estão postadas lingüiças finas, cortada em pequenos gomos. Mandioca frita, em grandes pedaços. Figuinho de galinha meio desmanchado, com aspecto de farofa. Dobradinha ao molho de tomate com cebolas e moela de frango.
Pela bandeja repleta, sinal de que foi preparado recentemente, opto pela dobradinha, acompanhada por uns pedaços de moela de frango, tira gosto que aprecio muito.
A cerveja poderia estar um pouco mais gelada. Sabem quando abrimos a tampa e notamos a espuma formar-se dentro do gargalo? Era isso aí.
O tira gosto estava bom. A moela bem cozida e a dobradinha saborosa. (moela é um prato matreiro, deve ser feita na pressão com paciência e atenção, senão fica dura e estraga o tira gosto).
O Luiz, dono do bar, tem mais aparência de freguês da casa do que de dono: rosto vermelho e um tanto inchado, manca como se tivesse com uma gota fincando no joelho. Boa pessoa, quando viu meu interesse pelo buteco, foi atencioso, respondeu minhas perguntas e convidou-me a retornar mais vezes.
De forma geral, é um lugar bacana pra tomar uma cerveja rápida, como eu queria. Mas como por lá há uma jukebox, e alguém insistia em colocar as músicas mais populares da face da terra, “dei meu jeito” e fui embora.
Ficou na lembrança aquela estufa repleta do sábado de carnaval. Uma pena não existir mais.
(O buteco fica na Floriano Peixoto, esquina com Hipólito Caron.)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Bar Rainha





Quinta feira braba! Ainda sob o efeito da ressaca da péssima Bavária que foi a companhia da noite anterior pra assistir ao jogo do Vasco na TV e deixou minha cabeça do tamanho de Júpiter, termino o expediente e saio com o “salvo conduto” expedido por Michelle, que foi enviada a BH com a intenção de trazer-me uma garrafa de Providência.
Sem muitas idéias do que fazer, salvo levar a Maroca pra passear na rua, vou me deixando ir para o centro, e logo me vejo entrando na Rua São João, pós Batista, em frente um dos butecos que mais vendem cerveja em JF (Sério! Dizem que só um bar na Getúlio Vargas vende maior quantidade): Estou no Rainha!
Súdito que sou, me lembro de várias visitas com a galera da Tribo Carijó, torcida que tenho a honra de ter participado da fundação. Muitos pré jogos e até confraternizações com torcidas visitantes aconteceram ali. Até reuniões importantes de organização tiveram o Rainha como ponto de encontro.
(Lembro da Red Bugre pendurada nas marquises colocando suas bandeiras numa sexta feira de carnaval, a bateria dava o tom da data festiva, mas era SÓ mais uma jogo. Depois só me lembro da chuva no estádio. Uma salve pros amigos de Divinópolis!)
Mas vamos falar do Rainha: eu quase não acreditei quando o Rui, comandante do balcão, me disse que são apenas dez anos de bar. Acho que ele está enganado. O Rainha parece ter sempre existido. Tem cara de buteco tradicional tanto pela localização quanto pela clientela cativa. Cerveja SEMPRE gelada, bom atendimento e tira gostos espalhados numa estufa que também serve de balcão.
E por lá estavam o sempre presente torresmo, ladeado pela lingüiça e batatas, o pernil estava chamativo, e o meu preferido, o figuinho de galinha, chamava pelo meu nome, em coro com a dobradinha ao molho.
Entro no bar, que a esta hora já esticava suas mesas pela calçada, e me acomodo no balcão de ardósia, Logo acima, um enorme espelho ajuda a distribuir a luminosidade e no aumento da dimensão do espaço. Ao fundo, uma TV sempre transmite um esporte, normalmente futebol, mas hoje era uma partida de vôlei, salvo engano, da famigerada Cuba contra a enjoada Itália.
O fundo do bar lembra um pub por conta do teto, pois lá há uma sobreloja que deve ser o estoque. Ao fundo estão os banheiros, junto às caixas de cerveja e aos freezers. Coisa boa foi terem acabado com as maquininhas de aposta que lotavam aquele ambiente ao fundo. O fundo do bar casou bem com os freezers e deixou o corredor de acesso ao bar mais claro e arejado. As mesas de madeira, quase negra, ficaram bacanas demais.
Coloco-me ao fundo do balcão, perto da minúscula cozinha e peço minha cerveja, uma Jurubeba pra ajudar o estômago baleado pela noite anterior, e meia dúzia de figuinho de galinha, acebolado.
Maravilha.
Sinceramente, figuinho melhor do que esse só o da mamãe mesmo. Coisa fina. Tempero e temperatura corretos. Textura e sabor inigualáveis. Iguaria divina, senhores.
Como disse, a dobradinha também chamava pelo meu nome, e logo chegou ao balcão. Sinceramente, estava saborosa e com pedaços “fiapentos”, daqueles que insistem em agarrar entre os dentes. Para quem não gosta, desculpe-me pelos detalhes, mas é assim que deve ser. Pena que passaram ela pelas microondas, coisa lamentável que já disse detestar. Nem precisava, mas...
Neste ínterim, por lá passaram conhecidos, gente que tomava uma cachaça e ia embora, ou mesmo só uma lata de cerveja. Converso algumas palavras com o Rui e me despeço. A ele conto que o blog está num período de visitação, cujas fases chamamos inicialmente de “etapas”, mas que agora penso que devem ser rebatizadas para “ciclos”, porque bares como este deve ser sempre revisitado, para nosso próprio bem.
Não se esqueça. Lá tem o melhor pão com carne de Juiz de Fora. E se estiver cheio, há ainda o Rei e a Princesa, filiais do querido Rainha. E por aí vem o Príncipe. Se fosse algo ruim, não abria “franquias”. Tenho dito.
São João, quase esquina com Batista. Funciona das 08h até o último cliente, “desde que ele não seja chato”.