terça-feira, 21 de junho de 2011

Paraíso do Morro da Glória



Numa quinta feira destas, com aquele vento frio da noite, fui direto pro Bar do Abud, na Oswaldo Aranha, esperando encontrar aquele maravilhoso pernil, que desce muito bem com a cerveja gelada que ele serve por lá.
Mas me decepcionei por que não rolou pernil nesta quinta.
Voltando, cabisbaixo, olho pro Bigode e vejo que, pro horário e dia, o bar estava vazio, coisa rara de acontecer. O frio estava “de lascar”.
Meio sem saber pra onde ir, sigo para o tradicional Bar Dias, em Santa Terezinha. Mas, no caminho, lembro-me de um buteco que o amigo Erick Alves me apresentou certa vez.
Na rua em frente à Igreja da Glória, ao lado do Bar da Loira, há o “Paraíso do Morro da Glória”. O nome é bacana demais. O buteco, idem.
Antes, o bar pertencia ao simpático Airton, meu xará. Ele largou o negócio e passou para a Soninha, sua ex-funcionária e hoje proprietária do buteco.
É um local amplo e com pé direito alto, o que deixa o ambiente arejado. Suas paredes estão repletas de fotos de clientes da casa. Há ainda alguns cartazes de propaganda de cerveja e outros indicando as porções ali servidas.
Os freezers estão ao fundo. Na lateral direita segue um balcão, no qual é possível se escorar e beber uma cerveja do lado de fora, na rua. No mais, mesas de madeira da Bohemia e algumas amarelas da Skol enchem o salão do bar.
A cozinha está logo no final do balcão, mas de lá não saem muitas porções: segundo a Soninha, o pessoal prefere mesmo os tira gostos que estão enfeitando a estufa, muito variada e bem apresentável. Sabe das coisas esta Soninha!
São oito travessas cheias de iguarias de buteco, todas bem montadas e de dar água na boca: torresmo, dos grandes; espetinho de frango; jiló cozido com polenta ao molho de tomate; língua recheada; músculo cozido; moela de frango e grandes batatas cozidas no molho de carne. É daquelas vitrines que a gente fica olhando e não sabe por onde começar...
Pedi a língua recheada e duas batatas cozidas pra acompanhar, tudo foi regado ao molho onde a batata estava mergulhada. O tempero e o sabor estavam impecáveis. A cerveja Brahma completou o pedido e acompanhou muito bem.
Como sou fã do jiló, pedi logo um segundo prato, com jiló cozido e mais batatas (estavam boas demais, não resisti).
Jilós graúdos, cozidos sem desmanchar. Al dente, diria um gourmet. O molho de carne cobria as batatas e os jilós. Maravilha!
Gostou? Visite e aproveite o buteco: Rua Padre Matias, quase esquina com a Andradas.
Funciona das 11h (abre pra almoço) até o último cliente, serve cerveja de litro, pra quem vai com turma grande, e sempre enche nas quartas, por conta da transmissão de jogos por lá.
(Ah. Pra terminar a quinta feira fui ao Bar Dias e fui surpreendido com um delicioso bolinho de espinafre, recheado com queijo e salsicha, do tamanho de um punho fechado. Cortado em pedaços, acompanhou muito bem a última Brahma da noite. Coisas de buteco...)

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