segunda-feira, 30 de maio de 2011

Beber em casa, uma verdadeira arte! By Rodrigo Amaral

Estou aqui em casa pensando no que posso compartilhar com os leitores desse cara que é meu quase ídolo na bebida (entende tudo, mas ainda num acompanha meu pai na cachaça, rs).
Então falarei sobre a única coisa que eu ainda não li nesse blog, beber em casa!
Isso pra mim é uma arte, pois geralmente você acaba sozinho. O que pode ser bom, mas geralmente é ruim. Portanto tratarei de trilha sonora pra se beber em casa. E pra você que pensa que é fácil, bem eu penso o contrário. Tudo depende do que você quer beber. Só falarei de rock pois é o único estilo q eu conheço, samba eu deixo com o Airton que sabe infinitas vezes mais que eu!
Mas voltando, se quiser beber em casa uma cervejinha pra acalmar o fds eu nem sugiro um rock não, procure algo mais suave como Clube da Esquina. Sempre ótimo com cerveja. Se tiver companhia feminina, abra um vinho! É ótimo!
Maaas, essa não é minha alçada, meu negócio é muito álcool e mais decibéis ainda na cabeça!
Quer beber cerveja até cair, mas sem sair de casa? Daria muitas dicas, mas fique com o rock progressivo do Supertramp, o animado som do Creedence (banda perfeita na minha opinião), ou algo do estilo, mas sempre mais calmo. Quer beber algo mais forte, uma cachaça?, sugiro uma volta às nossas tradições, um rock rural com Sá, Rodrix e Guarabyra! Se a pedida é uma vodca não existe nada mais animado que o Deep Purple, Black Sabbath, algo mais pesado que acompanhe sua onda. Mas se você tem bala na agulha e bebe um uísque, lhes apresento as melhores bandas pra se ouvir sozinho em casa. Fazem parte do movimento sulista do rock americano. São aquelas que te empolgam mas te “ninam”, como seu intuito é beber sem sair de casa elas se tornam perfeitas, mas elas funcionam muito bem quando você as leva pra fora também, inclusive num churrasco não costumam ser recusadas. Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers Band representam o melhor do rock do Sul dos Eua e combinados com um Jack Daniels costumam ser tiro e queda.
Bom, eu como um bom brasileiro, prefiro a cachaça! Mas misturio tudo ouvindo Led Zeppelin. Nunca fui um “bom” bebedor! Sempre misturo tudo. Mas essas dicas de música são baseadas em 2 anos de pesquisa sobre preferências de bêbados! Hehehehe
AH Raul seixas também entra mas foi ignorado porquê todos citaram na minha pesquisa informal!

Churrasco do Boi



Já no mergulhão, paramos num trailer, escolhido para fechar o dia de butecagem.
O Churrasco do Boi oferece churrasco, obviamente, mas preparado na chapa. Carnes de todo tipo, além de caldos e outras porções.
Fiquei curioso, porque no trailer só há um grande chapa e uma fritadeira. Fui informado que eles contam com uma cozinha, que fica anexa ao posto Salgado.
Fiquei mais satisfeito ainda por saber que eles voltaram a fazer o bom mexido que me levou a parar algumas vezes por lá, à noite, para jantar.
O lugar é bacana, amplo, com estacionamento grande ao lado, porém, como nos disse o atencioso Willian, eles enfrentam problemas com vendedores de carros que ocupam as vagas por todo o dia, atrapalhando o movimento do bar.
Outro movimento que chama a atenção é o do trem de ferro, que passa ao lado, e interrompe qualquer conversa quando a máquina chega apitando. Achei bacana.
Como disse, o William foi deveras atencioso, e dele recebemos a indicação de um file com fritas e pão de alho. Como já estávamos com fome, mandamos ver. Feito na chapa e servido na pedra, chegou a nossa mesa, primeiro, o pão de alho e logo após a carne com batatas.
Não era algo que primava pelo “sabor inigualável”, mas estava saboroso e servido numa porção generosa. Comemos, os quatro, fartamente.
Felizes por terminar o dia daquela forma, só ficamos pendentes de voltar lá e tomarmos a “Pinga do Seu Neném” que, infelizmente, havia acabado naquele dia. Curioso mesmo é que esse trailer foi o único bar que nos ofereceu uma pinga da casa, fora dos padrões de cachaças industrializadas que existem por aí.
Voltaremos, pois.
O bar fica na Rio Branco, próximo ao Mergulhão e funciona de Se a Sex de 16h às 12 h e Sab de 10h até o último freguês. Dom de 16h até 01h.

Primor



Já do outro lado do Rio Paraibuna, fomos ao Primor. Bar antigo, já foi reduto da torcida Galoucura de Juiz de Fora, que lá se reunia pra ver os jogos do Clube Atlético Mineiro.
Ao lado de alguns salões de forró, parece que tem tudo pra ser um buteco, literalmente.
Mas também não é. Serve almoço self service com preço fixo. Tem uma bela cozinha industrial. Mas na estufa, basicamente salgados. Um torresmo de tira estava fazendo figuração por lá, e diz o dono, Eduardo, que às vezes eles também colocam frango assado como tira gosto. É pouco, principalmente se eu lhes contar que aquele torresmo frio, borrachento e grudento se manteve na minha memória estomacal pelo resto do dia. Sorte nossa que levamos minha fiel e inseparável vira-latas, a Maroca, que curte um bom osso de costela ou mesmo aquele péssimo torresmo, pra variar sua ração. Não se queixem comigo sobre o hábito de dar este tipo de coisa pra minha cadelinha: ela é criada na base de Pedigree e é muito bem cuidada.
Uma coisa que achei engraçada: o cara me serviu o torresmo com um quarto de limão, novamente dividido em quatro partes. Fiquei imaginando como deve ser a caipirinha daquele lugar. Devem usar pó de refresco.
Converso com o dono, na verdade, filho do dono do bar, que está dentro de um “aquário”, o caixa do bar. Sentado não: prostrado. E assim me atendeu, sem dar muita importância a nossa visita. Sugeriu que falássemos com seu pai, mas como eram poucas as perguntas, ele foi nos respondendo desinteressadamente, enquanto recebia o pagamento dos clientes pelo almoço.
Por lá há uma chapa, e o que eles servem à noite, como tira gosto, são espetinhos de carne. Há uma fritadeira, mas destina-se somente a salgados, pelo que entendemos.
Como não há nota a dar, fomos embora após pagar nossa cerveja e “derrubar” os torresmos pra Maroca. Estomago de cachorro é foda, pensei comigo naquele momento.
O bar fica na Rio Branco, n.º 840 e funciona das 07h as 12h

Point Bar



Atravessamos novamente a Rio Branco, em direção ao lado par da avenida. Em frente ao Del está o Point Bar, que antes se chamava Noturnos. Há pouco mais de 3 anos o Éderson, de Senador Firmino, está tocando o bar com seus sócios. Com as mesas na calçada e um bom toldo pra proteger nas noites de frio ou chuva, o lugar não pode ser classificado como buteco: é um bar e restaurante. Tem até uma estufa de salgados e um cardápio com porções, além de caldos e mexidos. Mas não é um lugar para se butecar. Como disse o Rodrigo, pode ser um lugar pra tomar uma cerveja num dia de sol, olhando o movimento, ou mesmo levar uma namorada pra jantar. Mas não tem cara nem jeito de buteco.
Aliás, a única coisa que remete a buteco por lá é um belo quadro de São Jorge na parede.
Mas é só, e por isso não ficamos muito e preferimos seguir nossa busca pelo buteco perfeito.
O bar fica na Rio Branco, Pc Alfredo Lage – Manoel Honório. Funciona das 11h até as 01h

Del



Del, o 24 horas que só abre lá pelo meio dia.
O Del está na praça Alfredo Lage. No passada, funcionava 24 horas. NO sábado da visita, só abriu ao meio dia. Sozinho, o Manoel, responsável pelo buteco, nos explicou que arrendou o bar há três meses, e que deve fechar o mesmo pra reforma em breve. Precisa mesmo. O lugar está muito detonado e feio. Já teve dias de glória, funcionando ininterruptamente, ficava lotado madrugada afora. Hoje, um toldo caindo ainda tem a inscrição 24 horas, e o lugar está, na maioria das vezes, vazio.
Numa estufa, em cima do balcão, só há salgados. Um vasto cardápio apresenta porções, sanduíches e outras comidas e bebidas. Uma coisa que me chamou a atenção no cardápio foi um sub item em bebidas, denominado “Traçado”. São as tradicionais misturas de bebidas, mas que eu nunca havia visto exemplificadas numa cardápio de bar.
O buteco coloca suas mesas na praça, em frente a banca de jornal. Por ali você vê o movimento da Governador Valadares e da Rio Branco, as crianças brincando na praça, um tanto suja e mal cuidada. À noite, lá vira reduto dos adolescentes da região.
Sem atrativos, ficamos esperando um pouco mais pela chegada de mais duas convivas desta caminhada de sábado.
Não havia muito o que fazer por lá, só queríamos seguir adiante e ver se algum outro buteco poderia nos surpreender naquele dia.
Sorte ao Manoel, que ele consiga reerguer o lugar e voltar a ter sua casa cheia e alegre.
O bar fica na Rio Branco, Pc Alfredo Lage – Manoel Honório. Funciona das 12h até o último cliente.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ribran Lanches



Continuando nossa árdua tarefa, atravessamos a Rio Branco pro lado ímpar, sentido Centro/Manoel Honório.
Na esquina da Rio Branco com a Américo Lobo está o Ribran. Bar com 40 anos de idade e que deve ter muita história pra contar.
Eu sempre quis parar por ali. Dá pra ver da rua uma grande estufa de vidro, daquelas incorporadas ao balcão, em que se toma a cerveja sobre o vidro onde ficam os tira gostos. Pequenas banquetas fixas são a opção de assento. É, particularmente, minha opção preferida: ficar sentado no balcão, conversando com o dono do bar e vendo o serviço dos clientes acontecendo. O balcão corre por todo o bar, e há banquetas dos dois lados, sendo o atendimento realizado por uma única pessoa, que circula pelo meio do bar. Ao fundo há uma cozinha, preparando refeições, tira gostos e salgados.
Sob a nossa cerveja, já aberta, há porções de dobradinha ao molho, costelinha, lingüiça, fígado de galinha, uma solitária fatia de pizza, almôndegas, batatas cozidas e bifes de frango acebolado. Ao lado, há uma estufa com salgados.
Até aqui, pelo que vocês leram, parece tudo bom e normal.
Não é a realidade. Eu julgo que o melhor cartão de visita de um buteco é o bom atendimento, o que não ocorreu conosco.
Ao nos apresentarmos o atendente logo virou as costas e falou que era melhor voltar outra hora e conversar com o seu irmão, Geraldo.
Com cara de poucos amigos e um pano de prato pendurado no ombro, o atendente deixou-nos “no vácuo” e foi tratar de outras coisas, sem que nem ao menos tivéssemos tempo de explicar-lhe que queríamos tomar uma cerveja e comer um tira gosto, e que as poucas perguntas poderiam ser respondidas por ele mesmo.
Este senhor chama-se Geraldino, e diz ser irmão do Geraldo, que responde pelo bar.
Pedimos a cerveja, quase tendo que gritar para tanto. Servidos, nos olhamos e pensamos: puta merda, vai ser foda tentar ser isento a partir de agora.
Brincamos com um fornecedor de cerveja do buteco que por lá estava, perguntando se o Geraldino sempre era assim, mal humorado. Ele consentiu, aos risos.
A cozinheira deixa a cozinha e vai até a estufa, onde estávamos. Dá uma olhada nos tira gostos. Pergunto, simpaticamente, se estava tudo bem e se teríamos algum outro tira gosto saindo da cozinha. Sou novamente ignorado.
Quase não acredito naquilo. Parece que o atendimento nada simpático e característica da casa.
Pra coroar toda essa lambança, pedimos uma batata cozida com molho pra tirar o gosto e ver se pelo menos o tempero da casa seria bom.
O Geraldino escolhe duas batatas e, para nossa surpresa, enfia as mesmas num microondas pra esquentar.
Meus caros, como diz aquela máxima já comum nas redes sociais: quer me foder, me beija! Tira gosto que vai pro microondas antes de ser servido de cu é rola.
Acabou por ali. Estávamos pilhados e aquele último ato foi de lascar. Pedimos a conta e corremos do lugar, certamente, pra nunca mais voltar.
Se você quiser tentar a sorte, o bar fica na Avenida Rio Branco, n.º 469 e funciona das 05h30 até as 23h

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mercearia Souza Faria



Seu João morreu, o que é triste. Mas o que nos conforta é que o Marcelo, seu filho, optou por dar seqüência ao buteco, mantendo uma tradição que tem mais de 50 anos.
Segundo ele, seu avô, Orestes, foi um dos fundadores do Pró-Copão, que teria iniciado como uma barbearia e depois tornou-se uma mercearia e bar. E seu pai seguiu a tradição da família de tocar butecos e mercearias, depois de passar pelo ramo têxtil.
Esta tradição que se apresenta neste buteco com o piso xadrez, baleiro de vidro e balcão com suas velhas marcas do tempo. Prateleiras que justificam o nome de mercearia, pois guardam os mais diversos tipos de produtos, embora em menor escala do que já foi no passado. Alguma coisa por lá remete ao time do Botafogo, time do saudoso João e do Marcelo, mas há menos quadros e pôsteres do que já houve por ali.
As mesas de madeira combinaram muito bem com o lugar. Idéia do Marcelo. Ele também alimenta a intenção de reformar o lugar, depois de resolvidos os inventários. Pedi a ele que, ao menos, mantenha as características de buteco. Parece que ele concordou. Mas o nome vai mudar, infelizmente.
Junto ao balcão há dois freezeres horizontais, um serve de anexo pro balcão e o outro está abarrotado de cerveja. Os tira gostos são os comuns, preparados na casa do Marcelo e pra lá levados pela esposa do mesmo. Não há cozinha no buteco.
Na parede há uma TV, Mas ela foi desligada naquele dia e substituída por um bom rock setentista. E foi nesse clima de buteco, com boa música tocando, que deixamos o endereço e seguimos pela Rio Branco pensando: ah se nós tivéssemos um bar assim...
O bar se localiza na Av. Rio Branco, n.º 300 e funciona das 08h30 às 21h.

Bar Flores



Colado no Buteco da Esquina, na rua Alves Jr, está o pequeno e aprazível Bar Flores, de propriedade do Sr. Sebastião. Com uma história de 39 anos só com este proprietário (no total são mais de 60 anos), o bar se mantém firme e forte naquele ponto, mesmo não tendo grande estrutura: um pequeno espaço dividido ao meio pelo balcão dá ao bar a característica de “buteco bunda de fora”: o cliente fica entre o balcão e a porta do bar, não havendo mesas ou mesmo banquetas neste pequeno espaço.
Cerveja aberta, copos cheios, vamos verificar a estufa e suas iguarias: a especialidade da casa é a orelha de porco. Cozida e bem temperada, derrete na boca, um tira gosto típico, mas nem sempre encontrado nos butecos de nossa cidade. Mais duas travessas de fígado de galinha e uma boa porção de pastéis, daqueles que a gente faz em casa.
Pra ser sincero, eu acho que não precisava de mais nada.
O bar não conta com cozinha, e a chapa está desativada. O que ali se come é preparado na casa do dono.
À direita está o banheiro do bar e acima uma TV que transmite jogos do futebol.
Ao lado da TV uma série de troféus do Estrelado, time da região que ali deposita seus títulos e comemora suas vitórias.
Não imagino lugar melhor pra ver um jogo numa quarta feira. Encostado num balcão, com o freezer na minha frente, uma estufa com tira gostos de buteco e com uma boa companhia pra jogar conversa fora. Se o jogo estiver ruim, vira-se de costas pro balcão e miramos a Rio Branco, vendo a vida passar. Só faltava uma banqueta pra descansar as pernas...
Se alguém ficar animado com a descrição acima, não perca tempo: o Campeonato Brasileiro começou e o seu Sebastião estará por lá, com seu olhar distante e com as mãos dentro dos bolsos, esperando pra abrir sua cerveja.
O bar fica na Alves Jr, n.º 11, quase esquina coma Av Rio Branco, e funciona das 10h até a 01h.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Boteco da Esquina




Tudo na vida traz uma lição (Não é bem assim, eu sei, mas eu queria mesmo era começar o texto com uma frase de efeito)
Eis que marcamos o sábado, no matutino horário de 09h30 pra começar a visitação dos bares.
Não nos lembramos que um buteco, normalmente, não tem hora pra fechar e, conseqüentemente, não podemos exigir que ele seja rigoroso com seus horários de abertura.
Os primeiros bares de nossa lista estavam fechados nesse horário. Pra ser mais exato, dos 9 bares programados, 4 ainda estavam fechados.
Fica a dica pra próxima etapa: visitas agendadas para a parte da tarde.
Mas comecemos a falar do que interessa: o primeiro bar da Avenida Barão do Rio Branco e grande surpresa da lista: O Boteco da Esquina.
Nome sugestivo e, obviamente, condizente com o lugar, esquina da Alves Jr com a Rio Branco.
Bar de uma porta só, com mesas coladas nas paredes, tipo bancada, banquetas e ainda mesas móveis na rua.
O espaço está dividido em dois ambientes: o salão do bar, onde fica o balcão com a estufa e a cozinha, e outro salão logo abaixo, com a mesa de sinuca e os banheiros.
No avançar da noite, o Sr Luiz disse que a turma mais animada liga a música e arrasta o pé ali mesmo no salão, felizes da vida.
Limpo e organizado, o bar tem sua boa aparência reforçada pelo bom atendimento que recebemos. A Sra Alda e o Sr Luiz, que acabaram de abrir as portas naquele dia, pararam tudo para conversar conosco.
Mostraram o lugar, deram a dica da cerveja que estava mais gelada e serviram o tira gosto e a pinga com mel (da casa) ali mesmo no balcão, durante nossa conversa.
Nos mostraram as fotos das confraternizações do bar e a camisa do bloco de carnaval, que “concentra mais não sai”.
A freguesia é cativa e “família” como eles disseram. Servem almoço por lá, e preparam marmitex para entrega. A cozinha trabalha intensamente, quando necessário.
A especialidade da casa é o pescoço de frango, mas eles preparam mais porções e tira gostos conforme o gosto da freguesia.
A vontade de ficar era grande, mas a programação nos impedia de permanecer por mais tempo. Mas o lugar nos cativou, e certamente tomaremos mais algumas cervejas por lá.
Por fim, basta dizer que, dos bares visitados neste dia, este foi o melhor classificado. Sorte nossa.
O bar fica na Av. Rio Branco, esquina com Alves Jr (n.º 9), e funciona das 09h até o último cliente.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Estatísticas do Blog



1541 butequeiros brasileiros passaram por aqui, tomaram uma cachaça e seguiram felizes para casa;
153 moradores de Governador Valadares, residentes nos EUA, leram nossos artigos e ficaram com saudades de tomar uns GOLOS por aqui;
23 alemães, que trabalharam na Mercedes Benz e tiveram que voltar pra casa, leram o que aqui foi escrito, pra recordar o idioma;
16 portugueses nos visitaram procurando por receita de creme de pão doce, para usar nas padarias das terras de além mar;
9 Russos quiseram saber se nos nossos butecos bebemos vodka. Ya!
8 discípulos da Rainha queriam Guinnes nos butecos de Juiz de Fora, descobriram que não tinha e foram afogar as mágoas num pub londrino;
4 israelenses espionaram nossas ações e mandaram uma relatório completo para a Casa Branca;
4 turcos procuraram por “barentes” que tem lojas de tecidos nas imediações da Getúlio Vargas;
3 franceses quiseram vinhos nos butecos, mas tiveram que se contentar com uma Jurubeba;
3 Moçambicanos estiveram por aqui. Na verdade, estavam a procurar pela UFJF. Aproveitaram a passagem e tomaram uma cerveja conosco;
2 Gualtemaltecos visitaram o blog. Não sei o que queriam, mas eu gosto da palavra gualtemalteco, é quase tão esquisita quanto juizforano;
2 Indianos procuraram por informações sobre o Bahuan de Caminho das Indias, achando que o Marcio Garcia ainda morava por aqui;
1 Neo zelandês quis fazer uma tirolesa do Morro do Cristo ao calçadão;
E, finalmente, um Peruano veio atrás de todo mundo, menos eu, é claro.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Caminho da Roça



Todo buteco diz que prepara o melhor torresmo do mundo. Pode ser o Bigode, o Zé Nei ou o Totonho.
Eu acho que o melhor, pelo menos da cidade, é o do Caminho da Roça.
Um pequeno (no sentido literal mesmo) buteco na Rua Espírito Santo, pouco depois da esquina com a Independência.
Duas portas de aço, O local conta hoje com uns 40 lugares, depois que foi ampliado. Um balcão tipo “bunker” no fundo da loja. À direita, duas cabines de banheiro, feitas com pedra de ardósia.
Mesas de madeira escura para quatro pessoas e uma mesa redonda que deve caber umas 8. Já na rua, duas bancadas pra tomar cerveja em pé.
Paredes com prateleiras exibindo casas de João de Barro, rádios antigos e pequenos barris de cachaça. Na parte de cima da porta, uma canga de carro de boi.
No pequeno balcão há uma estufa com o famoso torresmo.
Pedi minha porção e uma Brahma.
Cortado grosseiramente, ele tem uma pele fina e crocante, pouca gordura e generosa porção de carne. É um torresmo de tira, mas lembra o torresmo de ponta do Bigode.
O bar está vazio, o que é bom. O frio espantou a freguesia.
Tomo mais umas Brahmas e peço outra iguaria característica do lugar: a batata em conserva. Chama a atenção de quem chega os enormes potes de vidro, cheios de batatas, mini-pepinos (picles, pros Mac-maníacos) e queijo bolinha.
A batata custa apenas um real a unidade. Vem com casca. A acidez desta batatinha “aperta” a boca no final da mastigação e chama, imediatamente, um bom gole de cerveja gelada.
Combinou com o torresmo e desceu muitíssimo bem.
Como a passagem pelo buteco era rápida, paguei a conta e fui embora, curioso por saber o motivo pelo qual o dono abdicou do convite do Comida di Buteco. Ele não estava lá, para responder esta pergunta. Pelo menos terei mais um motivo para retornar e perguntar-lhe sobre isso (e comer outro torresmo, tomar outra cerveja, comer mais algumas batatinhas...)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Butecos da Avenida Rio Branco - Etapa 1



Nada como uma boa ladeira pra gente pegar o embalo necessário para esta tarefa.
Na contramão da Caminhada Alcoológica, evento tradicional do inverno juizforano, vamos começar a mapear os butecos da Avenida Rio Branco a partir da Garganta do Dilermando, que leva este nome em homenagem ao nosso ex prefeito Dilermando Martins da Costa Cruz Filho.
Nesta primeira etapa, iremos visitar os seguinte butecos:
Buteco da Esquina e Bar Flores, ambos na esquina da RB com Alves Jr;
Mercearia Souza Faria, esquina da RB com Tenente Barroso;
Ribran, esquina da RB com Américo Lobo;
Del, Point Bar e Vavá, na praça do Manoel Honório;
Primor, na esquina da RB com Agassis;
Churrasco do Boi, no Mergulhão.

O encontro vai ser no Buteco da Esquina, às 09h30m do sábado, dia 21/05/2011.
Creio que uma boa conversa com o dono do bar, enquanto a gente toma algumas cervejas e experimenta um tira gosto da casa, será suficiente para obtermos as informações necessárias para elaborarmos um texto sobre o lugar:
Localização, ambiente, marcas de cerveja, tira gostos da casa e contatos.
Acho que é o necessário para este pretensioso “guia” de bares da Rio Branco.
O evento é aberto à todos. Compareça e contribua com sua companhia e opinião. Importante salientar que não temos patrocinadores. Portanto, todo o gasto será de responsabilidade do consumidor. Lembrem-se que são nove butecos!
Espero que, lá pelas 14 horas estejamos alegres e bêbados, cheios de histórias pra contar sobre esta verdadeira aventura. Que nossos fígados sejam fortes e agüentem a pressão!
Até lá.
Créditos Foto: Blog Maria do Resguardo - Fotos antigas de Juiz de Fora

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Comida di Buteco 2011 - Abílio Campeão



Foi muito divertido participar de um concurso como o Comida Di Buteco, em sua primeira edição em Juiz de Fora.
Visitar bares que já conhecemos, ou mesmo outros que tanto ouvimos falar, e poder votar e escolher um petisco como o melhor de nossa cidade foi uma tarefa prazerosa.
Só uma ressalva quanto ao curto período do concurso: 15 dias apenas, pra visitar 15 butecos. Não deu: alguns ficaram pra depois. Mas tenho um ano inteiro pela frente pra tirar a prova!
Fica o agradecimento especial ao pessoal da Duetto Produtora e ao amigo Cristiam, do Boi na Curva. Uma pena o Boi não ter levado o prato Doritos: foi a melhor combinação que poderia ter surgido para acompanhar os nachos. Sem problemas: Agora estamos na torcida pelo título da cerveja Profana em Florianópolis. Sorte lá, camarada!
O vencedor merecia o título! O prato do Abílio, feito na hora e acompanhado da sempre gelada cerveja Bohemia é irresistível. O ambiente típico de buteco, sem frescuras, o atendimento simpático e rápido ajudaram na conquista. Este mesmo bom atendimento elevou as vendas de Bohemia em incríveis 470%! Mais uma vitória pro Abílio!
São mais de quarenta anos de butecagem coroados com esse primeiro título do Comida di Buteco. Parabéns ao Seu Abílio!
O Totonho mostrou pra todos de Juiz de Fora que nem só de torresmo do Bigode e Xororó vive a cidade. Um prato tradicional mineiro, o torresmo, feito de forma diferente e acompanhado de mandioca frita. Tudo isso no “quintal” da casa do dono.
E a originalidade do terceiro lugar, ao apresentar as deliciosas batatas avelãs, uma novidade para mim, acompanhadas de filé acebolado, tornaram a combinação perfeita e garantiram ao Bar do Bené uma excelente colocação no concurso. E ainda, de lambuja, levou o título do prato Doritos pela Vaca Maluca.
Agora, nos resta butecar por aí, conhecer mais lugares bacanas e indicar pra organização do concurso. Que 2012 chegue logo e nos traga mais butecos e mais tempo pra aproveitar o melhor concurso gastronômico cultural deste nosso Brasil butequeiro.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Bar do Abílio



Último final de semana do Comida di Buteco em Juiz e Fora e partimos, no sábado, em direção a um dos butecos mais queridos de Juiz de Fora, o Bar do Abílio.
A lembrança do lugar remete à infância, quando morei na Rua Fonseca Hermes. O bar já estava lá, e me chamavam a atenção as pencas de bananas que eram vendidas pelo seu Abílio.
As bananas já não existem ali, mas o seu Abílio está lá, firme e forte.
E esta figura simpática e cativante é responsável por fazer-nos clientes e admiradores do lugar.
Sempre nos cumprimenta quando chegamos, mesmo estando atarefado no fogão. Ele mesmo leva a porção à mesa e também confere conta por conta quando os clientes fecham o consumo.
Lá vale a máxima que diz que pra comida ficar boa e manter o paladar não se podem lavar a panela. Esta história eu ouvi no Mercado Central de BH e acho que tem suas razões.
A panela de pressão é usada como frigideira no fogão industrial. Por lá passam o fígado com jiló e o chouriço, dentre outros tira-gostos famosos do lugar.
As carnes estão nos freezers, que servem também como balcões improvisados.
Seu Abílio escolhe a "matéria prima", fatia na bancada ao lado do fogão e manda pra panela. Em poucos minutos você é servido com uma porção saborosa e fumegante na travessa de vidro. No meu caso, sempre acebolado! A cebola, em tiras grossas, só leva “um susto” na frigideira e estão macias, mas sem desmanchar. Maravilha!
Como tira gosto, eu prefiro o chouriço, e lá é um dos poucos butecos de JF que oferecem este prato, preparado na hora.
Neste sábado não tinha chouriço na casa. O fornecedor não entregou. Em tantos anos, foi esta a segunda vez que isso ocorreu. Raríssimo!
Mas como nossa intenção era mesmo votar no prato do concurso, não tivemos problemas: Fígado com Jiló pra gente.
Fígado em tiras, ou iscas, fritos na medida certa, tenros, antes da carne endurecer. Jiló em pedaços, levemente cozidos pelo calor da fritura. Isso coberto pelas cebolas de que já falei. Levou DEZ com louvor no voto do concurso. Não poderia ser outra nota.
Pra coroar a nossa passagem por lá, eis que o MGTV mostra, na escalada de notícias, que o assunto do dia era o Comida di Buteco.
No decorrer do programa, logo aparece uma matéria na qual o Sr. Abílio é entrevistado sobre o prato do concurso.
Puxo o grito: É campeão! É campeão! O bar todo segue e aquilo vira uma farra, digna de final de campeonato! Seu Abílio e os atendentes sorriem enquanto a galera grita. Ninguém ouviu o que foi falado, mas todos que lá estavam sabem quem merece ganhar este concurso.
Organizadores: entreguem logo o troféu na Rua Fonseca Hermes, n.º 180 – Centro.

(A foto que ilustra o post foi devidamente surrupiada do blog do amigo Tiago Rattes, e seu excelente post sobre o querido buteco. Leiam o que ele diz aqui.